GENTE OBJETO

GENTE OBJETO

Gente objeto

Num mundo abjeto

Escravos do inútil

Adoradores do fútil

Adeus a essência

Chutes na consciência

Os princípios às calendas

Valores são as prendas

O outro é apenas mais um

Valor não tem nenhum

Que vire-se na individualidade

Que morra na superficialidade

Navega nas redes

Onde mata suas sedes

Descarregando suas frustrações

Na virtualidade e nas ilusões

Cercado de solidão

Esfria o coração

O sentimento dura segundos

Logo gira por outros mundos

A vida perdeu o sentido

Não tem mais valor

O ser foi abduzido

Metamorfoseou-se em desamor

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/03/2013
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