Amálgama de Ilusões

Silente eurritimia dos sentidos;

Alfombra húmida no amável;

Regozijos doidivanos e desmedidos;

Ubíqua dependência infanável:

Amor! Fagueira inerência imprescíndivel

que se nos reverbera ao amanhecer;

mas, ao arrebol estranhamente inaudível,

dissipa-se por nos desconhecer...

A marcha incessante do Relógio

há de passar... - e passa...

E, nesta grã funesta caça,

torna-se fatal o epicédio...

Sucumbem todos os meus amores,

e, plangentemente sepultados,

inda emanam oblíquos olores...

Ah, cingem-me ares aviltados!

Repousam, no peito, os ataúdes,

retumbantemente frígidos... agitados;

e, meus nacos opacos sem saúdes,

perdem-se nimiamente consternados...

O Lúgubre andarilho torvo

em negrejos extraordinários,

tal qual estrábico corvo,

conduz-me aos mortuários...

Desafinado
Enviado por Desafinado em 28/03/2013
Código do texto: T4211695
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.