SOLOS MOVEDIÇOS

Aceitar todo o peso de tua irrequieta leveza

Ante a minha circunscrita e insólita balança

Piso então em terrenos de solos movediços

No inexorável fluxo das vagas indagações

Deparo-me com a complexa simplicidade

Descobrindo que o fim habita o infinito

Hostil aos territórios íntimos inexplorados

Aceito as sutilezas soltas nas entrelinhas

Que me impelem a mitigar as seqüelas

Faço de minha resiliência o meu alicerce

Calcado em minha profícua sensibilidade

Foco naquilo que está em si subtendido

E não fico exultante por analises zetéticas

Cuido para perpassar por essa dicotomia

Talvez me tornando assim um parvo nato

Mas enfrentando a ordália de meus percalços

Mesmo sabendo ser lascivo todo o caminho

É imprescritível que finde infante jornada

Não deixando obstáculos em teu profícuo solo

E qualquer paragem renasça sempre teu jardim

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 26/03/2013
Código do texto: T4208876
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