SOLOS MOVEDIÇOS
Aceitar todo o peso de tua irrequieta leveza
Ante a minha circunscrita e insólita balança
Piso então em terrenos de solos movediços
No inexorável fluxo das vagas indagações
Deparo-me com a complexa simplicidade
Descobrindo que o fim habita o infinito
Hostil aos territórios íntimos inexplorados
Aceito as sutilezas soltas nas entrelinhas
Que me impelem a mitigar as seqüelas
Faço de minha resiliência o meu alicerce
Calcado em minha profícua sensibilidade
Foco naquilo que está em si subtendido
E não fico exultante por analises zetéticas
Cuido para perpassar por essa dicotomia
Talvez me tornando assim um parvo nato
Mas enfrentando a ordália de meus percalços
Mesmo sabendo ser lascivo todo o caminho
É imprescritível que finde infante jornada
Não deixando obstáculos em teu profícuo solo
E qualquer paragem renasça sempre teu jardim
www.recantodasletras.com.br/autores/leilson