À Humanidade

Envolto por invólucro odiento

fizera minha ceva temorizante,

e, entre epilepsia vil e infante,

compreendi como sou cruento.

Ah, o líquido em assoma escarlate

das fímbrias do Hostil transborda!

O cão, meu lúbrico instinto, late...

Sim! louvando ao cabresto e à horda...

Cancei-me da terra

que, anojado, ingiro e regurgito;

e, tal qual em guerra,

com o inexistente compito...

Sou tal qual íncola de manicômio

que se esquecera da insânia;

e, meu coração em inânia,

enfermo, inclinou-se ao nosocômio.

Humanidade, vápidas gárrulas,

que, bramindo ''ledas'' às máculas,

abstêm-se dos humanos liames...

Ser bazófio da peçonha,

tendo o todo febril, sonha

em derrocar os Estames...

Desafinado
Enviado por Desafinado em 26/03/2013
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T4208309
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