NADA LEVO DE TI
Janelas do quarto escancaradas,
cama e cozinha, desarrumadas.
o despertador toca: sete horas,
as flores no jardim já despertas,
acordam na manhã perfumadas,
está na hora de ir-me embora...
deixo na cama: o suor e o passado,
por sinal, estou saindo apressado!
Saio em busca de um novo presente,
mesmo sabendo que saio dependente.
Deixo tudo, procuro trancar as portas,
minhas lembranças estão mortas...
tento deixar as saudosas saudades,
na mala não cabe mais bagagem.
Levo: frasco de perfume e banalidades,
tuas coisas deixo, não levo, falta coragem!
Um nó na garganta de pronto me aperta,
choro por mim e por ti...ROBERTA...