TEMPESTADE NO AR

Nestes tempos conturbados

De paixão a palpitar

Há sinais entrelaçados

De tempestade no ar.

Há horas tristes sem luz

Em cada dia que passa

Esta Crise só transluz

Horizontes de desgraça.

Falta o dinheiro e o pão

Falta a saúde e a paz

Abunda a voz da Ilusão

De um poder vil e voraz.

A Alma Lusa carrega

O seu futuro interdito

Tudo o que sofre não chega

P´ ró Memorando maldito.

Como Pilatos os ricos

Lavam as mãos nesta cena

Nasceram já de fabrico

Com a alma bem pequena.

De um mundo tão desgraçado

Santo Agostinho dizia:

Todo o mal será curado

Se o Poder não for tirania.

Mas há tempestade no ar

E há males vindos por bem

Vamos todos esperar

Que a “dose” não mate ninguém!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 22/03/2013
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