TEMPESTADE NO AR
Nestes tempos conturbados
De paixão a palpitar
Há sinais entrelaçados
De tempestade no ar.
Há horas tristes sem luz
Em cada dia que passa
Esta Crise só transluz
Horizontes de desgraça.
Falta o dinheiro e o pão
Falta a saúde e a paz
Abunda a voz da Ilusão
De um poder vil e voraz.
A Alma Lusa carrega
O seu futuro interdito
Tudo o que sofre não chega
P´ ró Memorando maldito.
Como Pilatos os ricos
Lavam as mãos nesta cena
Nasceram já de fabrico
Com a alma bem pequena.
De um mundo tão desgraçado
Santo Agostinho dizia:
Todo o mal será curado
Se o Poder não for tirania.
Mas há tempestade no ar
E há males vindos por bem
Vamos todos esperar
Que a “dose” não mate ninguém!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA