Vivo de luz e poemas

apago uma e calo outros

deixo cair minhas penas,

que brilhem silenciosas!

Quase me encolho no medo

de alguém me descobrir

a brilhar por dentro.

Para me valer sigo alheia

na estrada da vida

Sou a que passa sozinha

e que nada quer

do que aos outros atrai



Dêem-lhes todas as riquezas

e mirem-me com esgares de desdém!


Quanta tristeza filtra esta alma

pesando a ilusão que resvala!