Sei... - Eu sei...
Sei... - Eu sei do futuro não distante...
Sei que o sol irá nascer... e se pôr...
Sei que sobre nosso afeto ele brilhou,
Mas um dia se acorda e adeus amor...
Cala-se o riso e o vazio é a resposta,
As estrelas perdem o brilho, o fulgor...
A noite se deita sobre tantos sonhos e
Da voz desesperada, não ouve o clamor...
Sei, eu sei que já fomos nós, um só...
Castelos construídos dia após dia...
Saudade, desejos tantos, tão loucos,
Tão possíveis em nossa tola alegoria...
Sei, agora sei o tamanho do estrago...
Da chaga aberta, dos traços da dor...
O medo da borrasca que ameaça...
Sem piedade... num estreito corredor.
Recolhemos todos os nossos pedaços,
Atiramos num velho baú... as lembranças,
E nos braços de um alguém qualquer...
Mataremos de vez nossas esperanças!
Mary Trujillo
11.11.2005
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