De sonho e realidade
Eu sempre pedi que não desvirginassem os meus sonhos,
Que eles se conservassem sempre intactos,
Sem escoriações,
Sem assombramentos,
Sem ilusões...
Porém,
As mazelas da vida os fizeram acordar,
E agora,
Não obedecem mais os meus comandos,
Não querem se deitar...
Nem mesmo a relva fresquinha os fazem adormecer...
Há um desencanto tão grande dentro de mim,
Que não dá pra entender...
Os sonhos se tornaram adultos,
E se esqueceram de dormir...
Estou à procura do encantamento que outrora existiu...
Melhor assim,
Não dá pra sonhar sem a alegria da realização...
Me perdoem,
Se não já não sei mais sonhar...
Meus sonhos perderam a virgindade,
E agora querem desfrutar da liberdade que lhes deram...