CORAÇÃO PRISIONEIRO

Tenho convivido com o coração ainda aos pedaços,

tenho tentado transformar meus nervos em aço,

no momento que a luz do sol bate em meu rosto,

tentando viver cada um dos meus dias de desgosto,

por não ter mais prazer nas coisas que eu faço!...

A quietude que invade este sofrido ser humano,

nos segundos de recordação que se repetem,

seguidamente, como ponteiro de um relógio,

me faz lembrar das palavras, gestos e elogios,

que sairam da sua boca e que ainda me acometem!

Cercado pelo pensar, pelo querer e pelo não ter,

sigo, ainda em estado de sonho, imaginando,

e a pergunta que me faço em cada vez,

porque não acabar com essa insensatez,

que aos pouco vai me matando?...

Me acovardo perante o desenhar da resposta,

eu que vida dei ao grande amor que conheci,

eu que através dos anos arrastei-o até aqui

Não consigo abrir a enorme e pesada porta,

onde tu trancou o grande amor que vivi!...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 05/03/2013
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