Ilusão
Como um bálsamo, descestes do mais alto patamar da vaidade
Pra anestesiar a dor do corte que causastes
Com a frieza do lado escuro de tua face.
Mas com desculpas e promessas
E com ardilosas artimanhas de palavras doces
Novamente me entreguei...
Me iludi...
Viestes na ânsia de novamente habitar
O mesmo coração que partistes;
E como um tolo
Embriagado de amor
Acreditei
E mais uma vez vivi a magia da ilusão
Aquele conto de fadas do qual eu nunca quis acordar
Mas de repente, infelizmente;
Acordei
E não estavas mais ao meu lado
Voltastes para o mundo de onde viestes;
Holofotes
Fama
Vaidade
E agora já não sinto mais nada
Nem ódio...
Quando a alma se despedaça
Não existe mais sentimentos
E novamente prometo,
Que se um dia novamente voltares
Não mais cairei em tua teia
Mesmo que eu saiba que estou apenas mentindo pra mim...