Metamorfose

De poesia, virou prosa

De prosa, tornou-se artigo de jornal

Daqueles sérios, sem um pingo de bom humor

Fez-se assim, apagar um brilho

Que ainda me restava nos olhos

A pequena chama que teimava em aquecer minha alma

Tornou funesto o vívido sorriso que eu ainda ousava exibir

Hoje, entre as estrelas talvez descanse

Na paz do infindável silêncio do nada

Toda a ternura daquela impávida criança que um dia eu fui

Tudo antes dessa terrível metamorfose do meu coração

Paulinho Souza
Enviado por Paulinho Souza em 02/03/2013
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