Metamorfose
De poesia, virou prosa
De prosa, tornou-se artigo de jornal
Daqueles sérios, sem um pingo de bom humor
Fez-se assim, apagar um brilho
Que ainda me restava nos olhos
A pequena chama que teimava em aquecer minha alma
Tornou funesto o vívido sorriso que eu ainda ousava exibir
Hoje, entre as estrelas talvez descanse
Na paz do infindável silêncio do nada
Toda a ternura daquela impávida criança que um dia eu fui
Tudo antes dessa terrível metamorfose do meu coração