DIGA O MEU NOME
Diga o meu nome
Diga, amor meu
Diga o tal nome
Do inferno teu.
Diga o meu nome
Diga, anjo meu
Soletre o nome
Do "eu" que morreu.
Milhas e milhas
Anos distantes
Milhas e anos
Du'eterno amante.
Sonhos perdidos
Sonhos de instantes
Bardo iludido
Pobre é o infante.
Dor da partida
Dor incessante
Sem despedida
Sou eu como Dante.
- Um dia você me deixou
Sem amor e sem carinho
Mas logo você entendeu
Que sem ti não 'stou sozinho.
-Muitos anos se passaram
E muitas camas também
As dores mias revogaram
E pra mim não és mais ninguém.
- Mas eu sofri feito um louco
E esse meu peito morreu
Não te quero nem só um pouco
Sou eu esse inferno que é teu.
-Vejo que se arrependeu
E agora vive tristinha
Diga o meu nome, querida
Chore e sofra sozinha...
Diga o meu nome
Diga, amor meu
Sofra co'o nome
Que não é mais teu.
Diga o meu nome
Pra um riso meu
Diga o tal nome
Pro "eu" que venceu.
______________________________________
* Eu não sei bem se coloquei na categoria certa... Mas nenhuma parecia se encaixar... Nessa o eu-lírico se "desiludiu" com a mulher amada...