DIGA O MEU NOME

Diga o meu nome

Diga, amor meu

Diga o tal nome

Do inferno teu.

Diga o meu nome

Diga, anjo meu

Soletre o nome

Do "eu" que morreu.

Milhas e milhas

Anos distantes

Milhas e anos

Du'eterno amante.

Sonhos perdidos

Sonhos de instantes

Bardo iludido

Pobre é o infante.

Dor da partida

Dor incessante

Sem despedida

Sou eu como Dante.

- Um dia você me deixou

Sem amor e sem carinho

Mas logo você entendeu

Que sem ti não 'stou sozinho.

-Muitos anos se passaram

E muitas camas também

As dores mias revogaram

E pra mim não és mais ninguém.

- Mas eu sofri feito um louco

E esse meu peito morreu

Não te quero nem só um pouco

Sou eu esse inferno que é teu.

-Vejo que se arrependeu

E agora vive tristinha

Diga o meu nome, querida

Chore e sofra sozinha...

Diga o meu nome

Diga, amor meu

Sofra co'o nome

Que não é mais teu.

Diga o meu nome

Pra um riso meu

Diga o tal nome

Pro "eu" que venceu.

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* Eu não sei bem se coloquei na categoria certa... Mas nenhuma parecia se encaixar... Nessa o eu-lírico se "desiludiu" com a mulher amada...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 01/03/2013
Código do texto: T4166504
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