Palavras da Infância.
Escapuliu-me a fala doce
nem amiga, nem má, tampouco a ouço.
e diz o que não se confessa,
segue outro discurso sem nenhuma pressa,
humilha as frases desenhadas antes.
Faço um poema,
alegro o que nem tão triste estava,
como as palavra cortadas por navalhas
e faço da palavra a morada em minha casa,
e é onde habito agora sem contar as horas,
sem minha intolerância inglória
ao dizer as palavras indizíveis,
os segredos bem guardados na memória:
as tais cartas segredadas de minha infância.