Dama cruel
Vida, como a senhora és vaga.
Passa por mim,
Envolvendo-me em seu véu se ilusões e mentiras.
Ludibria-me como uma amante sagaz.
Quando acho que já lhe compreendi,
Você se transmuta.
Brinca com os sentimentos que vagam dentro de mim,
Desperta-os em alegria,
Para depois,
Adormecê-los em tristezas.
Tolo,
Sou eu,
De achar que já conhecia todas tuas armadilhas...
Agora sei que és uma dama imprevisível.
Seu rosto,
Formado e composto
Por vares faces.
Infortunado aquele que te subestimas:
Perecerá eterno em suas armadilhas.