Exaustão dos sentidos

Já estou cansado de despedidas

Exausto de tantas idas e vindas

Das emoções sentidas

Das sensações vividas.

Já estou cansado das partidas

Das tantas esperas

Das indecisões sem perspectivas

Das incertezas mantidas.

Já estou cansado das distancias

Tantas vezes percorridas

Sem um lugar de chegada

Sem caminhos sem estradas.

Já estou cansado das tentativas

Das investidas frustradas

Dos percursos das caminhadas

Sem o êxito da conquista.

Já estou com a vista cansada

De tanto olhar o horizonte

Que de tão distante

Faz com que eu desista.

Já estou cansado da persistência

Das longas ausências

Das saudades necessárias

Que sinto da tua presença.

Já estou cansado do esquecimento

Das noites mal dormidas

Das pessoas desconhecidas

Dos maus presságios do momento.

Já estou cansado das dificuldades

Dos espaços fechados

Dos dias parados

Das horas esquecidas.

Já estou cansado de mim

Do destino que não tem fim

Da sorte esperada

Da porta fechada.

Já estou cansado da solidão

Do vai e vem da multidão

Do claro e da escuridão

Da tristeza do amanhã.

Já estou cansado de chorar

Das dores vividas

Dessa vida sofrida

Mas, sei que a fé vai voltar

Quando perto o fim chegar

Tudo isto se acabará!

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 14/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4139197
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