Mais um poema idiota

Foi o que escrevi o que nada disse,

sem que ela gostasse ou visse,

sem que me desse o menor valor.

E nas rimas pobres e desajeitadas,

ressentidas por mim, magoadas,

eu desmanchava toda a dor.

Mas ela diz que o poema é idiota,

que não vale o rodapé ou a nota

perto de tudo o que conheceu.

E eu que sou poeta sem meios,

diante da vaidade sem freios,

recolho-me ao que já se deu.

Poeta de nada oriundo,

por pouco um amante vagabundo

de um amor que ama outros valores.

Tolice escrever tantas vezes

para alguém que despreza meus meses,

minhas tantas rimas e flores...

HUMBERTO VASCONCELLOS LIMA
Enviado por HUMBERTO VASCONCELLOS LIMA em 13/02/2013
Código do texto: T4138833
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