Máscaras

Máscaras

São sempre outro rosto a cobrir seu rosto

Quem me dera lembrar de sua verdadeira face

Vives eternamente a bailar no tempo

E eu espero que retorne a verdade.

Sofro ao ver-te partir sorrindo

Sei que distantes vais e me abandonas

E juras amor eterno embora de partida

E deixa-me sofrer sempre a dor abandonada.

E voltas ao terminar os folguedos

Com outra face a cobrir tua face

Com outro sorriso a substituir teu riso

Com outros afagos a esconder seu aconchego.

Sofro pelos salões da vida, mesmo que não te siga

Encontro a sombra de sua despedida e volto

Arcada pelo peso dos dias festivos

que não alcançam minha alma que sofre,

Descasco a mim mesma como se a sem face

Habitasse minha alma solitária,

Ouço os sons que ficam nos salões

Meu peito é todo pedaços, senões

Quando voltares, ao fim da quarta em cinzas

Que me encontre inteira e quem sabe

Com forças reavivadas para voar em seu rosto

E arrancar dele as máscaras que o cobre.

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 03/02/2013
Reeditado em 21/06/2014
Código do texto: T4121566
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