Sem título

Quantos sonhos me lembro

Que se foram um dia

Mudados pela rotina

Que por mim desabou.

O meu peito de aço

Ainda não chegou

E desde muito tempo

Já deixei de esperar.

O meu brilho apagou

Quando engrandeci

O meu próprio reflexo

E deixei de sonhar

Pensando estar

Completo...

Mas ainda estou vazio

E sem inspiração

Um jogo sem sentido

De tediosa missão.

E nada mais me alegra

Não existe mais coração

Não existe mais criança

Proteção.

E atiro algumas palavras

Como quem atira balas sem destino

Apenas pra ouvir algum barulho

Apenas por existir

E por ser ingrato a vida.

Diego de Sousa
Enviado por Diego de Sousa em 26/01/2013
Reeditado em 30/10/2016
Código do texto: T4106975
Classificação de conteúdo: seguro