Sem título
Quantos sonhos me lembro
Que se foram um dia
Mudados pela rotina
Que por mim desabou.
O meu peito de aço
Ainda não chegou
E desde muito tempo
Já deixei de esperar.
O meu brilho apagou
Quando engrandeci
O meu próprio reflexo
E deixei de sonhar
Pensando estar
Completo...
Mas ainda estou vazio
E sem inspiração
Um jogo sem sentido
De tediosa missão.
E nada mais me alegra
Não existe mais coração
Não existe mais criança
Proteção.
E atiro algumas palavras
Como quem atira balas sem destino
Apenas pra ouvir algum barulho
Apenas por existir
E por ser ingrato a vida.