Às vezes a gente cansa
Motivado pelo amor, uma força incomum
Aquilo que outra era dois, hoje se torna um.
A vontade de um deve ser o desejo do outro
Uma festa e ansiedade a cada visita, a cada encontro.
Olhares fitam a silueta de ambos apaixonados
E o abraço que os envolve em um beijo eternizado.
O tão sublime amor envolve e perfuma o ar a volta
E todos os sentidos se embaralham em uma orquestrada revolta.
É lindo, é sublime, maravilhoso... se apaixonar é muito fácil
Mas na pureza da beleza se encontra algo fino e frágil.
O amor que outrora era destemido e perseverante
Hoje se torna egoísta, solitário e arrogante.
Os olhos serram com horror a imperfeição do odiado
Que se esqueceu daquele que um dia foi um ser apaixonado.
A fúria tomou lugar do carinho
A estrada ficou confusa e em trevas escureceu-se o caminho.
Belas palavras, pétalas de uma flor perfumada são letras numa declaração
Tornam-se apodrecidas e fétidas com um aroma de perdição.
Amor? Báahhhh o amor...
Conheci algo parecido que outrora me apresentou o horror.
Poesias de palavras distorcidas de um sentimento voraz.
Trazem o espanto, pesadelos de um amor que se desfaz.
Tudo é muito lindo, tudo é muito belo e marcado fica em na lembrança.
Mas o pior e infeliz acontecimento é que... as vezes, a gente cansa.