Às vezes a gente cansa

Motivado pelo amor, uma força incomum

Aquilo que outra era dois, hoje se torna um.

A vontade de um deve ser o desejo do outro

Uma festa e ansiedade a cada visita, a cada encontro.

Olhares fitam a silueta de ambos apaixonados

E o abraço que os envolve em um beijo eternizado.

O tão sublime amor envolve e perfuma o ar a volta

E todos os sentidos se embaralham em uma orquestrada revolta.

É lindo, é sublime, maravilhoso... se apaixonar é muito fácil

Mas na pureza da beleza se encontra algo fino e frágil.

O amor que outrora era destemido e perseverante

Hoje se torna egoísta, solitário e arrogante.

Os olhos serram com horror a imperfeição do odiado

Que se esqueceu daquele que um dia foi um ser apaixonado.

A fúria tomou lugar do carinho

A estrada ficou confusa e em trevas escureceu-se o caminho.

Belas palavras, pétalas de uma flor perfumada são letras numa declaração

Tornam-se apodrecidas e fétidas com um aroma de perdição.

Amor? Báahhhh o amor...

Conheci algo parecido que outrora me apresentou o horror.

Poesias de palavras distorcidas de um sentimento voraz.

Trazem o espanto, pesadelos de um amor que se desfaz.

Tudo é muito lindo, tudo é muito belo e marcado fica em na lembrança.

Mas o pior e infeliz acontecimento é que... as vezes, a gente cansa.

Ronny Vieira
Enviado por Ronny Vieira em 24/01/2013
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