INAUDITAS NOITES SEM TEUS BRILHOS

Inauditas noites sem teus brilhos

teus resplandeceres opacos

desventuram todas as criações

dos poetas apaixonados

sem focos, desolados

inerte meus versos são

deveras, escassos...

não encontro mais os sonetos

das minhas altivas noites inspiradoras,

olho e não te vejo, penso e não te sinto...

em devaneios, absorto penso

perdido em quimeras, em infortúnios

que dilaceram almas,

na ausência mais presente, subtraio-me

mulher dos meus amores, dos meus sabores

esvaiu-se aos meus olhos, abduzida

em lânguidas dores que parecem luto

longínquas solidões me perturbam

no extremo exílio do meu ser...

na dor crônica na alma,

a saudade perpetua tolerante

fazendo as noites meus abrigos

das madrugadas meu refúgios...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 20/01/2013
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