Sepulto de um Poeta
"Não faça isso..."
Estava feito...
Acabara de cravar uma saca em seu peito.
A morte foi o caminho mais fácil,
Para a dor lhe curar.
Morreu como um tolo,
Um tolo por amar.
Agora ele não mais verá seus olhos,
Aqueles olhos que tanto o desprezaram.
Sua macia pele não mais irá tocar,
Pois foi um tolo, tolo por amar.
Nem uma só lágrima, ela sequer derramou,
Não ficou chocada, tampouco hesitou.
Foi apenas mais um romântico para a sepultura.
Porém, um poeta que não aguentou sua amargura.
Um doce boêmio da noite, ele era.
Mas estragou sua vida ao se apaixonar por ela.
Apenas uma meretriz de amor fingido,
Que não tinha coração e seus sentimentos eram oprimidos.
Adeus, meu bom homem.
Espero que descanse em paz.
Adeus homem sortudo,
Que não tornará a amar jamais!