ALENTO

O que adianta em mim, se teu corpo frio não me deseja!

Se jaz aquecida por outro alguém.

Se dele, meu corpo, não tocas mais...

De tua boca, não se pronuncia mais, o meu nome nas noites frias.

E eu, o teu alento, se mantem inerte, transfigurado em alegoria.

Que em tempos de carnavais se farta e em outros o renega.

Teus beijos, tua presença e teus abraços.

De que me adianta o fogo no amago de meu ser, se ele se torna frio distante de ti.

Se as atitudes não bastam, que desse amor, permaneçam as lembranças de nós dois na escuridão de meus pensamentos.