ASTRONAUTA SEM BASE
ASTRONAUTA SEM BASE
Tens dias em que fico assim...
Um dó de mim, olhando a cortina da saudade,
O vento bravo sem piedade,
Levando minhas alegrias
No percurso de um caminho vivo
Onde meu rumo é você...
Mesmo assim aventureiro
Pelos caminhos de espinhos
Envolto em festas sem sentido
Risos escondidos,
No mundo da ilusão...
Vejo teus olhos em minha direção
Querendo colo
Acho que me vejo remando
Na contramão...
Pássaros a voarem pela neblina
No solo da lua
E na escuridão...
Sonho teus sonhos
Num amontoado de abraços...
Parece que tudo fica fácil
Meus passos no mesmo chão...
Que a eternidade se faz covarde
Anula os sentidos, estala o coração,
E me vejo num vazio tímido,
Num céu sem destino,
Num porto sem cais,
Perco as rédeas do tempo...
Num mundo caindo...
De paixão...
Poesia Marisa Zenatte