MEU LAMENTO

MEU LAMENTO

Lamento pelos que ficam à mercê dos outros,

Inocentes estirados sobre o chão,

Principalmente crianças que nada fizeram

Para provocar a ira e loucura destes homens

Que matam todos com as automáticas

E depois estouram seus próprios miolos,

Matei e morro com as minhas sangrentas mãos.

Oh, triste sina de um louco insano

Que não pensou nem um instante em seu próprio irmão,

Que estava sorrindo no romper da aurora

Um sorriso de ternura, de amor e de esperança,

Esperando dos homens uma boa lição,

Mas, morreram com o sol crepitando

Nas palmas brancas de suas próprias mãos.

Oh, Deus eu não entendo por que TU morreste

Carregando um pesado lenho nos TEUS ombros fracos,

Depois pregado em uma cruz pesada,

Para salvar as nossas vidas de covardes homens,

Porém, foram vinte e seis crianças que TU já levaste

Para a solidão de uma cova fria,

Ou seriam vinte e seis loucos que nos matariam um dia?

Penso, penso e não entendo,

Apenas lamento o que Estás fazendo.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 15/12/2012
Reeditado em 17/12/2012
Código do texto: T4037485
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