MEU LAMENTO
MEU LAMENTO
Lamento pelos que ficam à mercê dos outros,
Inocentes estirados sobre o chão,
Principalmente crianças que nada fizeram
Para provocar a ira e loucura destes homens
Que matam todos com as automáticas
E depois estouram seus próprios miolos,
Matei e morro com as minhas sangrentas mãos.
Oh, triste sina de um louco insano
Que não pensou nem um instante em seu próprio irmão,
Que estava sorrindo no romper da aurora
Um sorriso de ternura, de amor e de esperança,
Esperando dos homens uma boa lição,
Mas, morreram com o sol crepitando
Nas palmas brancas de suas próprias mãos.
Oh, Deus eu não entendo por que TU morreste
Carregando um pesado lenho nos TEUS ombros fracos,
Depois pregado em uma cruz pesada,
Para salvar as nossas vidas de covardes homens,
Porém, foram vinte e seis crianças que TU já levaste
Para a solidão de uma cova fria,
Ou seriam vinte e seis loucos que nos matariam um dia?
Penso, penso e não entendo,
Apenas lamento o que Estás fazendo.