galopada

Eu galopo, livre,

Acicatando o cavalo vento

Crinas soltas

Ancas largas

Resfolegando

Transformando o tempo

Eu cavalgo livre

Mordiscando a pele

E murmurando

Entrecortadas frases

Entre sumos e humores

Revolucionando cada pensamento.

Eu galopo livre,

Raspando a pele

Nos pelos do cavalo vento

Aspirando o cheiro forte

Das loucuras incontidas

Da mata virgem

Da fonte inesgotável

Ou talvez do próprio tempo.

Eu galopo livre,

Na pele

E nos detalhes do cavalo vento

Como se não houvesse tempo

Nem contratempo

E me refaço

Em cada abraço

E aspiro o ar

Em busca de novo alento...

Krumah
Enviado por Krumah em 08/12/2012
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