.:. Espectral .:.

.:.

Tento não esmorecer.

Aceitar que o tempo não para.

Choro, e a lágrima que me ampara,

fortalece-me longe de você.

Estive ausente.

O corpo feneceu.

E sua alma, ainda ardente,

pula dentro do meu.

Caíram as pálpebras palpitantes.

Surgiram as pelancas, garbosas!

E as pulsações, palpitosas,

foram-se para sempre, errantes.

Retroceder não é preciso.

Neste ciclo, este é o abismo:

preço pago antes do fim.

Aparências, recordações... Isto sim!

Lembro o fulgor e o vulcão...

Agora, apenas o catarro no chão,

denunciando que estou mal.

Perdão! Dei um espirro espectral.

Fortaleza-CE, 13 de março de 2009.

09h56min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 03/12/2012
Reeditado em 15/06/2013
Código do texto: T4018213
Classificação de conteúdo: seguro
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