Quando um colibri fecha os olhos
Quando um colibri fecha os olhos
Cada gota de orvalho
se represa para lavar a alma do perdedor
Já não será mais verão
E os raios já nao serão
tão ultra-violetas.
Os seus olhos como o céu azul
desprendiam sonhos
Não se vê a realidade
Não havia nuvens
Nem o sétimo horizonte
E o sol pode ultrapassar
todas as barreiras
para se unir a chuva
que fluía do lacrimorum
A cada gota
se criava a esperança
De poder ver
a liberdade
A sensatez
A iluminação
A natureza onde
mais uma vez a alma se desprende
do corpo
E o corpo se une a terra
Da terra enfim,
procriar.
Damos vidas
as belas arvores
as belas flores
poesias
tudo podia
fortalecer
curar feridas
Amores
Como um elixir mágico
enquanto contemplava
O beija-flor desassossegado
tentando encontrar sossego.
Um colibri sem camélia
descaméliado é.