Quando um colibri fecha os olhos

Quando um colibri fecha os olhos

Cada gota de orvalho

se represa para lavar a alma do perdedor

Já não será mais verão

E os raios já nao serão

tão ultra-violetas.

Os seus olhos como o céu azul

desprendiam sonhos

Não se vê a realidade

Não havia nuvens

Nem o sétimo horizonte

E o sol pode ultrapassar

todas as barreiras

para se unir a chuva

que fluía do lacrimorum

A cada gota

se criava a esperança

De poder ver

a liberdade

A sensatez

A iluminação

A natureza onde

mais uma vez a alma se desprende

do corpo

E o corpo se une a terra

Da terra enfim,

procriar.

Damos vidas

as belas arvores

as belas flores

poesias

tudo podia

fortalecer

curar feridas

Amores

Como um elixir mágico

enquanto contemplava

O beija-flor desassossegado

tentando encontrar sossego.

Um colibri sem camélia

descaméliado é.

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 01/12/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T4015005
Classificação de conteúdo: seguro
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