INDIFERENÇA
Queira ouvir-me. A hora é esta.
Minha voz intrépida ressoa.
Atravessando fronteiras e abismos
Alcançando continentes e pessoas.
Devaneio do tempo presente. Para onde vais?
Ao céu que a mão não alcança
À terra onde o mal destoa
Ou ao rio que ao mar se lança?!
Quando alcançares escutar meu grito
Teu coração se abrirá. Ai, se pudera!
Desfraldar o manto que te cobre
E ver-te nu, sem nada que te sobre.
Queiras ver-me! Eu te suplico.
Que o porvir vem como avalanche
arrancando as raízes da terra
Sem te dar chance de nenhuma revanche.
Depois...Quem sabe!
Por não me escutares me lançarás à sorte
E 'quem não ouve conselho, escuta coitado'
Chorarás por mim à beira da morte.