E lá vou eu!
Amortizando minha dor,
contemplando a minha solidão,
caminhando pelos meus dias,
retomando minhas forças,
me mantendo em pé diante de ti...
Nem sempre o amor nos deixa primeiro!
por um milhão de coisas que vão de suaves
a pertinente, de singular a mentiras e cinismo...
com flashes de incertezas...
Fui complacente, não quis ver o que estava na minha frente,
me esqueci que as mágoas podem fermentar,
o medo cegar, a dor silenciar o sorriso,
distanciar os sentimentos, aborrecer a alma,
deixando um vazio no coração...
Nos tornamos incapazes de decidir por nós mesmos,
passamos a ouvir os outros,
erramos a cada minuto,
agimos sem o coração, seguindo uma lógica inexistente,
nos perdemos de nós e nos achamos na indiferença...
Chorei, depois de ter caído na armadilha que eu mesma projetei, caminhei descalça sobre os vidros que quebrei,
e na estrada de pedras branca caminhei,
deixei a marca vermelha do sangue que sangrei!
deixei a marca vermelha do sangue que sangrei!
Não olhei para trás!
olhei apenas o meu reflexo preso no espelho da alma,
olhei apenas o meu reflexo preso no espelho da alma,
emergi e respirei,
percebi que o mundo era indiferente a minha dor...
percebi que o mundo era indiferente a minha dor...
Sequei as lágrimas dos meus olhos...
E lá vou eu!
E lá vou eu!
Silvana Santos