CEMITÉRIO MEU...

Desafiastes o meu peito,

Evoco o meu direito de te responder assim:

Demonstrando a outra face,

Que será o meu disfarce,

Todas as vezes que eu te ver.

Quando for lágrimas antever,

Ei de me esconder,

De todos e de mim.

Enterrando os meus defeitos,

Desse amor tão imperfeito,

Um cemitério construir,

Que não poderás destruir,

E que nunca será teu.

Nenhuma vã idolatria,

Nenhuma flor na lápide fria,

Será minha rebeldia.

Na data de nascença,

Porei o maldito dia em que ti conheci,

Na da morte o dia que eu quiser,

E se me perguntarem os amigos meus,

Sobre os dias de alegria,

Sobre as tolas fantasias,

Direi a todos que tudo morreu...

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/11/2012
Código do texto: T4003427
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