CEMITÉRIO MEU...
Desafiastes o meu peito,
Evoco o meu direito de te responder assim:
Demonstrando a outra face,
Que será o meu disfarce,
Todas as vezes que eu te ver.
Quando for lágrimas antever,
Ei de me esconder,
De todos e de mim.
Enterrando os meus defeitos,
Desse amor tão imperfeito,
Um cemitério construir,
Que não poderás destruir,
E que nunca será teu.
Nenhuma vã idolatria,
Nenhuma flor na lápide fria,
Será minha rebeldia.
Na data de nascença,
Porei o maldito dia em que ti conheci,
Na da morte o dia que eu quiser,
E se me perguntarem os amigos meus,
Sobre os dias de alegria,
Sobre as tolas fantasias,
Direi a todos que tudo morreu...