A minha Revolta!
- Betimartins-
Não posso calar a tristeza
Nem mesmo ficar muda
E fechar os meus olhos
Pois sei que nada sou aqui
Neste vale de lágrimas...
A dor parece dormente
Os sentidos ausentes
Meus gritos sufocados
Meu coração morto
O dia escurecido...
E a noite se faz nestes caminhos
Que deveriam ser de muito amor
Mas as correntes do mal abriram
Mortíferas imposições, carnificina
E os rios sangrarão...
Com o sangue dos nossos inocentes
E as nossas lindas crianças sofrem
Os pais enterraram os seus filhos
Entre escombros e as bombas
Veta-se só o direito de se viver...
Que importa quem tem razão? Tu importas-te?
Eu não e nem serão os meus descendentes!
Apenas são os governantes arrogantes
Que vestem a capa da real besta
E da paz se faz o passado...
Entre os gritos, entre a dor, assim vai humanidade
Já não somos primitivos, seremos nós evoluídos?
Que tipo de humanos nós somos? Destrutivos?
Não sei o que será o amanhã, peço ao Pai
Misericórdia Pai, não deixe acontecer...
Não será apenas mais uma guerra, será sim uma ofensa
Ao mundo, a humanidade e aos direitos humanos
Basta de sofrimento, não usem o nome do Criador
Para a vossa maldade, chega de guerras inúteis
A paz é o único caminho, sejam tolerantes...
Não posso ficar calada, cerrar os olhos, ignorar os sofrimentos alheios, acho que precisamos unir corações, meditar, orar, por nossos irmãos e pela paz do mundo.
Paz Profunda!