Vácuo

Anseio gritar, todavia minha voz me trai;

No vácuo, tento precipitar-me em prantos

Mas as lágrimas que outrora detinha

De tanto expulsá-las meus olhos

Há tempos não as têm

E no desvario meu, a pena ponho à mão

Contudo, não sei o que deveras sou

Não sei o que devo sentir – folhas rasgadas

Deus, por que me abandonas?

Se sabes quão fraco sou

Lágrima... tão pulcra lágrima

Necessito que de mim ausente-se!

Se não aqui está. Como hei de expulsar-te?

Denner Sampaio
Enviado por Denner Sampaio em 20/11/2012
Reeditado em 12/03/2014
Código do texto: T3996546
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