Vácuo
Anseio gritar, todavia minha voz me trai;
No vácuo, tento precipitar-me em prantos
Mas as lágrimas que outrora detinha
De tanto expulsá-las meus olhos
Há tempos não as têm
E no desvario meu, a pena ponho à mão
Contudo, não sei o que deveras sou
Não sei o que devo sentir – folhas rasgadas
Deus, por que me abandonas?
Se sabes quão fraco sou
Lágrima... tão pulcra lágrima
Necessito que de mim ausente-se!
Se não aqui está. Como hei de expulsar-te?