ORGULHO
“ORGULHO”
O orgulho,
É sempre maior que o amor;
É ser feliz no sozinho
É mergulhar hesitante,
No rito escuro,
Do dissabor.
É música sacra,
É frustração que se passa...
E que não se convida,
Para os braços abraçar.
É não se tomar
Da divina promessa,
É não se amar.
É se represar ao limite
De um sol envolvente
É um efeito...
Palpite,
Em que ainda,
Não me negues aceitar.
É ser indulgente
Como a imagem descrente
Que se rouba docemente,
Ao espelho.
É convidar os espantos,
Aos espasmos de canto
É destroçar-se a duplicidade,
A escassos sentimentos,
Estranhos;
É sortir de dentro,
A falta nula,
Da cumplicidade sua,
De não querer se ignorar;
É o que se confisca,
Em virgindade;
É se tomar pela rua,
Em vias de virilidade
Para que...
...Falsamente,
Não morramos...
Por um desterro de medo,
E de saudade.
Para que o tempo que não lhe conheci
E que não lhe quis saber
Não fosse o beijo de onde a idade,
Sem mártires passava,
Em cabelos de fogo ardis!
Em simplicidade,
E em tardes de sonhos envolventes
Em dias insolventes,
Em que não lhe amarei.
E então renderei meus apelos,
Aos medos que temo.
Convento fortuito
De não ser o indivíduo,
A quem a sua vida,
Dedicarei-me.
A fim de ceder-me, dividido,
Em corações despedidos.
Destemidos e referendados
Aos aromas da noite,
Desmedidos de frases
Que beijam a face no apronte
Para que se honre,
Meus pedidos em arrependimento.
E cantem as músicas
Pelos ouvidos mais descrentes
Para que não se reinventem,
No ato de se estarem sozinhos
E para os másculos motivos
De aflitos passos,
Dos fracos incautos,
Que não se rendem.
E para que se digam mesmo,
Que sofrendo se vêem,
No prisma dos amantes mais assíduos,
E em beijos,
Por demais envolventes!
E que mesmo morrendo,
A estrela solitária,
Que banhará a noite,
Em um eterno sorriso,
Será a todos solidária
Como corte...
...E indumentária!
Será uma flâmula apropriada,
As lutas e disputas,
E as fleumas,
De recusas visionárias.
Porque...
...Ao retirar-se as luvas,
Eu te amarei,
Em duelo,
E morrerei pelo credo,
Que me amas em primeiro.