Entre o amor e a ira!

Ao amanhecer acordo cantando quais

passarinhos que

Voam beliscando as flores nos jardins...

Porque irei ver-te... Sentir-te na brisa que

sopra teu nome nos meus ouvidos

e traz de muito longe o perfume do mar...

A água que banhou o teu corpo

O mesmo sol que queimou a tua pele

Envolvendo o meu corpo como se foras tu

A apertar-me em teus braços

Amo-te nas manhãs!

Ao anoitecer submerges... Não mais te vejo

Desencontros... Escuridão... Negrume...

Estás tão longe percorrendo trilhas

por mim ignoradas

Paro nas noites para olhar estrelas...

Conto-as uma por uma...E onde estará a lua?

Visto-me de céu para cruzar o oceano

Transformo-me em lágrimas para misturar-me ao mar

e o vento que sopra são cúmplices na ira

No céu as nuvens cruzam impacientes

Tua alma dilacerou sem expor nada!

Serei a tempestade que invade a terra

num momento louco para molhar teu corpo

os relâmpagos a te assustar

medonhos ruídos para entrar por teus

ouvidos e ferir teus tímpanos...

Ou então as aves aprisionadas que

Escravas volitam somente em

meus pensamentos?

Odeio-te ao anoitecer...