É tudo?
Sei que tudo que me oferece,
Não é nada se comparado a antes.
Pois à medida que algo se esvaece,
Torna se mais inócuo o semblante.
E muito pouco fará diferença,
Na presença que não deixa marcas.
E até mesmo na vivaz ausência,
Pois ela por si só, já se basta.
Já que traz a paz que preciso,
Num sentimento sem laços.
E se não chega a ser um vício,
Ao menos é um auto-retrato.
De algo que pouco se inventa,
Para ornar uma festa sem convites.
E a entrega de uma encomenda,
Para quem já não mais existe.