NATTY

“NATTY”

Natty,

Não vá...

E não faça...

Que a lágrima me ame primeiro

Que o pavor

De forasteiro,

Venha sorrateiro...

E o olho temendo o tempo

Não se encontre...

E se converta,

Em um olhar de desgosto

E que meu desamparo

Seja amparado,

Pelo sol que foi outono

De onde a ausência se retirava em sopro,

Em um perpétuo sono

Onde os escombros

Reprimiam o encontro

Dos pássaros em trova

Modelos e conselheiros

Dos conselhos que voavam lançados,

E atirados em tropas,

Ao amor de seus cantos,

Em meu peito.

Doçura rítmica

Em que meu coração

Imitava-se em gestos,

Em velhos e repartidos desgostos

Que se focavam revigorarem-se moços

E donos de todos os gostos

Que ficaram dos sonhos

E dos tronos,

Da paz que se viva

Ao estar-se ao seu lado

Impossível ignorar, propriamente,

O sol retraído e perene

Que se sentirá novo,

Quando Natty reeditar seu status

Estado de companhia,

De felicidade divina,

Divisa que se prevê perto

Para que certo,

Seja a ausência que não fique,

E que não torne o grito quieto

E se expanda pelo ar

Pelos oceanos mais puros

De um “quero!”

De onde o amor em ondas

Não se debate!

Que se reparta e ame

Inconsequentemente,

E que se faça,

Para sempre,

Como minha parceira,

Em seu pacto encantado.

Abraço que não se sinta mais vago,

Em um sol que se fazia medo

Apaziguado,

Impraticável em ter seus lábios em setembro

Em que não se falar,

Em não se vir...

É o extenso que temo,

É o extremo trêmulo

De um raio sem vida

Que não se refletia,

Logo cedo.

E de um vento

Que dia a dia se repetia,

Em fuga sem saída

Sem a luz cristalina,

De um beijo.

Linda,

Fica ao meu lado!

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 07/11/2012
Código do texto: T3972786
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