NATTY
“NATTY”
Natty,
Não vá...
E não faça...
Que a lágrima me ame primeiro
Que o pavor
De forasteiro,
Venha sorrateiro...
E o olho temendo o tempo
Não se encontre...
E se converta,
Em um olhar de desgosto
E que meu desamparo
Seja amparado,
Pelo sol que foi outono
De onde a ausência se retirava em sopro,
Em um perpétuo sono
Onde os escombros
Reprimiam o encontro
Dos pássaros em trova
Modelos e conselheiros
Dos conselhos que voavam lançados,
E atirados em tropas,
Ao amor de seus cantos,
Em meu peito.
Doçura rítmica
Em que meu coração
Imitava-se em gestos,
Em velhos e repartidos desgostos
Que se focavam revigorarem-se moços
E donos de todos os gostos
Que ficaram dos sonhos
E dos tronos,
Da paz que se viva
Ao estar-se ao seu lado
Impossível ignorar, propriamente,
O sol retraído e perene
Que se sentirá novo,
Quando Natty reeditar seu status
Estado de companhia,
De felicidade divina,
Divisa que se prevê perto
Para que certo,
Seja a ausência que não fique,
E que não torne o grito quieto
E se expanda pelo ar
Pelos oceanos mais puros
De um “quero!”
De onde o amor em ondas
Não se debate!
Que se reparta e ame
Inconsequentemente,
E que se faça,
Para sempre,
Como minha parceira,
Em seu pacto encantado.
Abraço que não se sinta mais vago,
Em um sol que se fazia medo
Apaziguado,
Impraticável em ter seus lábios em setembro
Em que não se falar,
Em não se vir...
É o extenso que temo,
É o extremo trêmulo
De um raio sem vida
Que não se refletia,
Logo cedo.
E de um vento
Que dia a dia se repetia,
Em fuga sem saída
Sem a luz cristalina,
De um beijo.
Linda,
Fica ao meu lado!