O FIM
Por tua causa me fiz jardim
para enfim me polinizar
Por tua causa eu sou poente
um indigente de botequim
Por tua causa fiz folhetim
com alma e gim de amor-palavra
Por tua causa ando arredio
vôo sombrio de zepelim
Mas eis as armas
de minha defesa:
silêncio, exílio e sutileza.
O teu quebranto, a dor sem-fim
me elimina, espadachim.
Sempre acuados por “não” e “sim”
resta a recusa de ver o fim.
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