DE PORTA FECHADA

Secou o poço! Tento ouvir meu coração – nada ouço!

Meu coração está de porta fechada, nele – não entra nada:

Amor, ódio nem se voltar a mulher amada – porta emperrada!

O que havia lá dentro – lá ficou:

Saudade, tristeza, dor - cristalizou

Com a longa espera pela amada – que não voltou!

Aprendi a viver assim – de coração fechado,

Isso dá a certeza de não mais – ser abandonado!

Tornei-me um amante inconstante – após saciado,

Vou em busca de outro amor de instante – sou feliz?

Não sei, apenas vivo do jeito que minha sorte – quis!

A sorte me fez assim: sem sorte no amor! Para tal, nada fiz!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 03/11/2012
Código do texto: T3967103
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