DE PORTA FECHADA
Secou o poço! Tento ouvir meu coração – nada ouço!
Meu coração está de porta fechada, nele – não entra nada:
Amor, ódio nem se voltar a mulher amada – porta emperrada!
O que havia lá dentro – lá ficou:
Saudade, tristeza, dor - cristalizou
Com a longa espera pela amada – que não voltou!
Aprendi a viver assim – de coração fechado,
Isso dá a certeza de não mais – ser abandonado!
Tornei-me um amante inconstante – após saciado,
Vou em busca de outro amor de instante – sou feliz?
Não sei, apenas vivo do jeito que minha sorte – quis!
A sorte me fez assim: sem sorte no amor! Para tal, nada fiz!