MÁSCARAS
Estou cansado de baldes vazios
Negando-se a semente com alças disformes
Mas ecoando o vento tal qual ogro
Perambulando sem ritmo e corpo.
Estou cansado de falsas virtudes,
Frágeis a mínima vidraça,
Tão fáceis de se ver trincadas
Mas ainda assim, perolizadas.
Estou cansado, farto, nauseabundo,
Por essas máscaras penduradas
Tão pródigas, finas e sábias
Que apontam o dedo e dispara.
Estou cansado do homem vazio
Insultando publicamente a verdade,
Fingindo superioridade
Mas inseguros de si...
Sem alarde.