TRÉGUA

Onde está a verdade?
Onde estará a minha verdade?
Será tudo um grande teatro como, seguramente, diz meu irmão?
Quem sou eu?
O que quero com minha poesia?
Despertar consciências?
Aparar arestas?
Holofotes?
Por todas estas e  tantas outras indagações, darei um tempo.
Fecharei as comportas de dizeres que me forjam a escrita.
Serei prática, técnica, realista... Sucumbir-me-ei ao fatalismo neo-liberal "a realidade é mesma assim..."

Serei unicamente leitora... Voraz, contumaz... Em quietude...
Cansei de brincar de ser poeta/poetisa.
Joguei a bola de meia pro alto e ela não voltou.
Vou esperá-la com um bloco de papel nas mãos.
Um dia talvez ela volte,
                      quem sabe mais consistente do que um dia fora...

 


Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 01/11/2012
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T3963765
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