Eu que não sei de nada!

Já não sei de você, já não sei nem de mim!
já nem sei quantos planos eu fiz,
e por quantas vezes já perdi,
ainda é vaga a ideia, 
de quantas noites não dormi...
todo dia há um recomeço antes do fim...

Eu que não sei mais entender o que faço, 
pois já não sei a questão do sentir,
eu só queria saber se dá pra desfazer o que há em mim?
se o amor é para sempre, então por que as pessoas se vão?
a dor é latente e a saudade é eterna,
precisa mesmo ser assim?

Eu não quero pensar em você e esquecer de mim,
sinto que estou perdendo o meu tempo,
que não existe o modo certo para se fazer isso,
mas eu estou aqui e sem você,
só quero fugir de vez desse lugar,
ir buscar a chance de ser feliz...

Até nos meus sonhos você vem, 
e a solidão me invade,
é quando a mente não silencia,
e meus olhos buscam você na multidão,
eu quero que se afaste por um instante,
mas como? é sonho! e eu só quero que me abrace...

Agora tenho que te esquecer, 
tirar você de mim, me afastar,
mas como se é sonho e te quero...
quero beijar a sua boca,
sentir você em mim,
mesmo que seja só neste sonho...

No sonho você diz que me ama,
e eu te digo já saturada,
não me peça nada, não chore, não sofra, não implore...
eu nunca mais vou te ouvir!
apenas não me ame, não sinta, não finja, não minta
pois em ti, nunca mais acreditarei...
 
Eu que não sei de nada! tão escrava do que nada sei!
 
 
Silvana Santos