Chama Adormecida.

Aqui estou novamente,

Vivendo a mesma ardua angústia

Que se faz mais intensa

Pela minha fragilidade

De não aceitar as perdas da vida.

É como se todos aqueles sonhos

Que tivera quando criança

Se tornasse hoje meu pesadelo,

No espelho não enxergo-me como antes

Tudo mudou dentro de mim.

Parecem que os passos dados ao longo do caminho,

Fizesse meu ser esquecer quem era,

E como um espírito perdido dentro de seu próprio corpo,

Esquecer o propósito a que buscara outros passos.

A janela velha da casa abandonada

Já não espera mais a visita do meu olhar ancioso.

Nem mesmo a silhueta do velho esbolço de mim.

Perdi-me dentro de minhas espectativas,

E a lembrança esquecida no peito

Parece o único suspiro que habita em mim

Do que realmente eu busco ser.

Mas as luzes apagadas da minha consciente fragmentada

Torna uma sombra vagante em busca de seu corpo,

Talvez nunca mais toque meu rosto

E sinta toda sua textura

E quem sabe no feixe pequeno da lembrança petrificada

Encontre a ultima gota de ternura.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 29/10/2012
Código do texto: T3958171
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