A Ânsia de Morrer

São essas as horas malditas,

Nas quais desejei não ter nascido,

Negro destino de palavras ditas,

Que na desgraça eu fui concebido

E este presságio do fracasso,

Persegue-me em meu caminhar

Não há fuga para esse abraço

Que a maldição veio me ofertar!

Tanto infortúnio na existência,

Sobrepõem-se as minhas alegrias,

Vivendo no luto de persistência

Em um mar liquefeito de agonias!

Sinto apenas o depressivo amargor

Ao peito soluçar suas dores

Que em leve e pecaminoso rancor

Desbotam-se como flores!

Desgraçado serei nas reencarnações

Que o agouro negro me abraça.

Na verdade todas essas compulsões

Será o sinal da minha desgraça

Quero tão logo assim morrer,

Sem ver o destino zombar-se de mim,

Que me resta neste viver?

Senão aguardar pelo meu glorioso fim

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 27/10/2012
Código do texto: T3954435
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