des-ilusão.
Cortas as asas dos sonhos
Dos pés presos às lágrimas
Feridos, a balas de mel
Os sonhos, vão.
Acorda a donzela seu príncipe sapo
De beijo azedo, sem graça, de graça!
A lua no lago tão pálida, sua,
De dias iguais sem nada demais.
E a flor na mão invisível
Exala o amor perdido
Dobra a haste a um juramento
Murcha no canto do coração.
Sem palavras, sem emoção
Esse amor chegou sem canção
Tapou o sol, e o brilho das manhãs,
Nada acrescentou.
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"Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões".
- Clarice Lispector,