des-ilusão.

Cortas as asas dos sonhos

Dos pés presos às lágrimas

Feridos, a balas de mel

Os sonhos, vão.

Acorda a donzela seu príncipe sapo

De beijo azedo, sem graça, de graça!

A lua no lago tão pálida, sua,

De dias iguais sem nada demais.

E a flor na mão invisível

Exala o amor perdido

Dobra a haste a um juramento

Murcha no canto do coração.

Sem palavras, sem emoção

Esse amor chegou sem canção

Tapou o sol, e o brilho das manhãs,

Nada acrescentou.

.

.

"Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões".

- Clarice Lispector,

jullia
Enviado por jullia em 25/10/2012
Reeditado em 23/11/2012
Código do texto: T3951857
Classificação de conteúdo: seguro