INFERNO ELEITORAL

INFERNO ELEITORAL

Ouço tua voz

Que fala por nós

E não acredito

Que votei no dito

É o dito

Pelo não dito

Nada como antes

Inferno de Dante

Não há saída

Desse túnel sem fim

Gente desvalida

Do princípio ao fim

Confiança morta

Esperança torta

Numa urna trinada

Que não vale nada

Recomeçar é preciso

Sobreviver é preciso

Alterar o juízo

Recuperar o prejuízo

Doce e tola ilusão

É tudo assim mesmo

Mudam os atores e a ação

E tudo continua a esmo

É quadrilha organizada

Denominada partido

Que é fétido prurido

De lama embebido

Aos turnos se entregam

Resfolegando se encarregam

Da caça aos zumbis

Votem aqui

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 20/10/2012
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