quase

Quase acreditei numa saudade

Não fosse a intenção do verbo

Num passar continuo

E jaz distante demais

Quase acreditei no verbo

Não tivesse ele sido conjugado

às pressas e sem sentir, sem pensar

na força, no encanto, na verdade da poesia

Quase acreditei...

mas me lembrei dos anos que passaram

das palavras duras já ditas

como se fosse nada, e fez ferida...

Agora que acredito na vida...

Agora nessa minha despedida...

Desespero e dor, não terá.

Nada vale... Não fosse esse coração

...sua carne viva, exposta

sendo levada no mundo

eu fora do seu

você dentro do meu

quase morre uma saudade

quase morre uma vontade

quase que eu corro...

quase que eu morro

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 11/10/2012
Reeditado em 11/10/2012
Código do texto: T3927109
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