DESENGANO
DESENGANO
Não quero rótulos,
Não suporto risos mortos
Abraços sem apego,
Sem o fogo da emoção...
Não quero beijos profanos,
Sonhos esfolados em decepção...
Já não sei ficar sem receber,
O prólogo da submissão.
Já estou farto dos soluços,
Retratos falados,
Pratos embotados
De solidão...
Dói-me o vazio,
Os calos dos pés da ilusão,
Mastigo calado
O verso amargo...
Da paixão.
Marisa Zenatte.