Âmago

Se não podes me curar

Deixe-me sangrar até o amanhecer

Ao menos esvaziarão das minhas veias

Todo veneno insano por seu amor...

Se não podes me amar

Não conturbe o meu espírito

O âmago do meu ego chegou ao ponto;

Ponto de enlouquecer, ponto de esmorecer;

A noite passa, apesar de parecer eterna

A dor passa do estado físico

Tão pouco e serei mais eu...

Talvez eu seja um tormento dos teus sonhos

Alguém que te amou mais que tudo

E hoje rasteja como um réptil inofensivo;

Traga-me a escuridão há luz do dia

Um pouco mais e não mais sangrarei

Se não puderes me curar

Livre estarei das armadilhas da tua compaixão.

Pela autora Christine Aldo

Março de 2012 no dia 15.