Vozes dos Ventos

Devora-me oh! Vozes dos ventos

Mesmo que sejam lamentos...

Meus olhos imperceptíveis a dor

Meus ossos fragmentados ao nada

Como dunas virgens castigadas pelo sol;

Devora-me em tempestades impulsivas

Estas partículas do meu coração

Reduza-me em apenas pensamentos...

Olho ao meu lado e não vejo nada

O infinito acolhe-me num céu azul e vazio

Sou somente eu e as dores da solidão;

Quem poderá me salvar deste alívio de sofreres...

Ouço a opera dos tremores estremecerem

Uma lúcida loucura convidativa

Uma doce voz que me guia ao martírio

Em delírios me despeço

Que seja somente eu

Perdida neste anonimato da saudade.

Pela autora Christine Aldo

Março de 2012 no dia 15.